Se você não é paraense e veio para o Pará, por qualquer que seja o motivo: seja bem-vindo ao Brasil que o Brasil não conhece e não quer conhecer.
Você deveria estar feliz em conhecer mais uma região do seu país, mas infelizmente o preconceito é algo muito forte pra se vencer de uma hora pra outra e além disso, você está longe de sua terra natal tão maravilhosa e não consegue esquecer disso um só segundo. Que pena, não é mesmo?! E justamente aqui nessa "terra de ninguém" e você se pergunta: onde diabos eu vim me meter? O que é que eu estou fazendo aqui? Calma! Não é o fim do mundo como você costuma pensar. Afinal de contas, você está livre para ir embora quando quiser, fique a vontade para se despedir dessa "terra que Deus esqueceu", de gente preguiçosa e indolente. Pense na sorte que você deu até agora ao descobrir que "os nossos índios não comem ninguém, agora é só hamburguer (mosaico de ravena). Pois é meu amigo visitante, que não faz questão alguma de conhecer essa terra, mas veio pra cá pelos mais variados motivos. Longe de mim, tentar convence-lo do contrário com argumentos a favor desse lugar, não faria isso, isso seria humilhante. Então, deixa disso! Pare de se lamentar e reclamar pelos cantos, "derramando seu desprezo" a toda hora, isso vai te fazer mal. A solução é simples, pense bem, seja feliz, VOLTE PARA O SEU LAR, VOLTE PARA LÁ (Arnaldo Antunes). Leia o texto abaixo e tome logo uma decisão: VOLTE PARA LÁ!
Aqui
nessa casa ninguém quer a sua boa educação
Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão.
E quando a polícia, a doença, a distância ou alguma discussão
nos separam de um irmão,
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração.
Mas não choramos à toa,
Não choramos à toa.
Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão.
E quando a polícia, a doença, a distância ou alguma discussão
nos separam de um irmão,
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração.
Mas não choramos à toa,
Não choramos à toa.
Aqui
nessa tribo ninguém quer a sua catequização.
Falamos a sua língua, mas não entendemos seu sermão.
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão.
Mas não sorrimos à toa,
Não sorrimos à toa.
Falamos a sua língua, mas não entendemos seu sermão.
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão.
Mas não sorrimos à toa,
Não sorrimos à toa.
Volte
para o seu lar,
Volte para lá.
Volte para lá.
Aqui
nesse barco ninguém quer a sua orientação
Não temos perspectiva mas o vento nos dá a direção
A vida que vai a deriva é a nossa condução
Mas não seguimos a toa, não seguimos a toa
Não temos perspectiva mas o vento nos dá a direção
A vida que vai a deriva é a nossa condução
Mas não seguimos a toa, não seguimos a toa
Volte
para o seu lar,
Volte para lá.
Volte para lá.
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