sexta-feira, 30 de março de 2012

Site do Sindufpa - Mab


O SINDUFPA-MAB tem agora um espaço virtual de divulgação de suas ações e agenda dos trabalhadores da Universidade Federal em Marabá. (UFPA).
Abaixo o link:

terça-feira, 27 de março de 2012

Lucio Flávio e o Direito a Informação na Amazônia.

Temos aqui neste vídeo um panorama geral de um verdadeiro jornalista que há anos vem fazendo um trabalho de vanguarda na luta pelo direito a informação, justiça social e pela divulgação das questões mais relevantes para o Brasil.
O JORNAL PESSOAL pode ser acessado através do link abaixo: http://www.lucioflaviopinto.com.br/

domingo, 25 de março de 2012

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO.


 
E o que é assédio moral no trabalho?
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e sem simetrias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o pacto da tolerância e do silêncio no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, perdendo sua auto-estima.
O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do 'novo' trabalhador: autônomo, flexível', capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita. Estar 'apto' significa responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpabilizá-los pelo desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, desfocando a realidade e impondo aos trabalhadores um sofrimento perverso.
A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a MORTE, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.
Estratégias do agressor
· Escolher a vítima e isolar do grupo. · Impedir de se expressar e não explicar o porquê. · Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em frente aos pares. · Culpabilizar/responsabilizar publicamente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar. · Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima gradativamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o interesse pelo trabalho. · Destruir a vítima (desencadeamento ou agravamento de doenças pré-existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. A vítima se isola da família e amigos, passando muitas vezes a usar drogas, principalmente o álcool. · Livrar-se da vítima que são forçados/as a pedir demissão ou são demitidos/as, frequentemente, por insubordinação. · Impor ao coletivo sua autoridade para aumentar a produtividade.
As manifestações do assédio segundo o sexo:
Com as mulheres: os controles são diversificados e visam intimidar, submeter, proibir a fala, interditar a fisiologia, controlando tempo e frequência de permanência nos banheiros. Relaciona atestados médicos e faltas a suspensão de cestas básicas ou promoções.
Com os homens: atingem a virilidade, preferencialmente.
I M P O R T A N T E - Se você é testemunha de cena(s) de humilhação no trabalho supere seu medo, seja solidário com seu colega. Você poderá ser "a próxima vítima" e nesta hora o apoio dos seus colegas também será precioso. Não esqueça que o medo reforça o poder do agressor!
L E M B R E - S E - O assédio moral no trabalho não é um fato isolado, como vimos ele se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas constrangedoras, explicitando o estrago de determinar as condições de trabalho num contexto de desemprego, dessindicalização e aumento da pobreza urbana. A batalha para recuperar a dignidade, a identidade, o respeito no trabalho e a autoestima, deve passar pela organização de forma coletiva através dos representantes dos trabalhadores do seu sindicato e das CIPAS e procura dos Centros de Referência em Saúde dos Trabalhadores (CRST e CEREST), Comissão de Direitos Humanos e dos Núcleos de Promoção de Igualdade e Oportunidades e de Combate a Discriminação, em matéria de Emprego e Profissão, que existem nas Delegacias Regionais do Trabalho.
O BASTA À HUMILHAÇÃO depende também da informação, organização e mobilização dos trabalhadores. Um ambiente de trabalho saudável é uma conquista diária possível na medida em que haja "vigilância constante" objetivando condições de trabalho dignas, baseadas no respeito “ao outro como legítimo outro”, no incentivo a criatividade, na cooperação.  O combate de forma eficaz ao assédio moral no trabalho, exige a formação de um coletivo multidisciplinar, envolvendo diferentes atores sociais: sindicatos, advogados, médicos do trabalho e outros profissionais de saúde, sociólogos, antropólogos e grupos de reflexão sobre o assédio moral. Estes são passos iniciais para conquistarmos um ambiente de trabalho saneado de riscos e violências e que seja sinônimo de cidadania.

domingo, 18 de março de 2012

Portal do MEC disponibiliza recursos online.

O Portal, lançado em 2008 em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, tem como objetivo apoiar os processos de formação dos professores brasileiros e enriquecer a sua prática pedagógica. Este é um espaço público e pode ser acessado por todos os interessados.
Para saber mais:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html

Um Belo Dia em Nosso Sistema Solar.

Escrevi o texto abaixo a partir de uma apresentação que assisti do comediante e escritor americano George Carlin. Suas apresentações estão discponíveis no site Youtube e foi a partir delas que imaginei uma possível conversa entre dois planetas de nosso sitema solar. Nosso ego pode ser a nossa própria ruína. Segue o texto.


MARTE - Olá Terra! Como vai a vida?
TERRA - Esse é o problema, a vida. Passei milhares de anos sem esse incômodo e até já tinha me acostumado com o surgimento da água, do ar, da minha própria atmosfera e de alguns seres vivos. O problema começou de umas duzentas mil voltas pra cá.
MARTE - Tão pouco tempo! - comenta Marte.
TERRA - Pois é! De todos os seres vivos, surgiu esse que se autodenomina Homo Sapiens, ser humano, homem, mulher entre outras denominações que eles mesmo criaram e mudam de tempos em tempos na busca de um melhor entendimento deles mesmos.
MARTE - Ah sim, lembro que você comentou há uns milhares de anos que eles estavam lhe fazendo cócegas ao escavar, alterar os rios e construir suas habitações.
TERRA - Sim, isso mesmo. Inclusive naquela época eu já me incomodava com essas coceiras na minha crosta. As vezes confesso sentir cócegas - comenta a Terra rindo. Você sabe que eu não tenho controle sobre o que eles fazem sobre a minha superfície, não é?! Aliás, no início, eles circulavam apenas pela terra, agora já circulam no mar e também pelos ares.
MARTE - Por falar nisso, gostaria de lhe informar que recentemente percebi que um desses insetos que te circundam, e que ao me parece são controlados pelos humanos, veio em minha direção, pousou em mim e enviou eletronicamente dados e informações na sua direção. Você acha que esse tal ser vivo que você chama de Homem Sapo...
TERRA - Homo Sapiens! - corrige a Terra.
MARTE - Que seja! Você acha que eles estão tramando em se mudar pra minha crosta? Ah não, isso eu não vou permitir! Já não basta ter que ouvir você se reclamando desde sempre dessa doença - me desculpe Terra, mas você está doente e precisa se livrar desse tal de Homo Sapo.
TERRA - Homo Sapiens! Homem! Humanidade! Sei lá eles se denominam de tantas formas que eu nunca entendi direito. Aliás nem eles!
MARTE - Ou você se livra desse incômodo, ou nossa relação vai ficar cada vez mais difícil. Não gostei nada dessa história de eles pousarem em mim com aquela espécie de micróbio metálico. Repito isso não está me cheirando bem.
TERRA - Eu sei Marte, mas preciso de sua ajuda também.
MARTE - Ajuda?! Como assim ajuda?! Estamos presos às nossas órbitas não tenho como me aproximar de você. Você sabe muito bem disso. Peça ajuda pra Lua, ela está mais perto, sempre influenciou as suas marés e também no clima fazendo uma sombrinha quando passa na frente do sol. É você que tem que se virar, e eu me refiro a fazer algo além da sua rotação e translação.
TERRA - Vamos deixar a Lua fora disso. Aliás, ela não fala comigo desde que eles pousaram nela. Já expliquei milhares de vezes que eu não tive culpa, mas ela nunca me perdoou e minhas marés não são mais as mesmas desde então.
MARTE - Não sei se te perdoaria também. Mas o que esperar de um planeta como você cheio de vida e animais diferentes, um belo dia, um deles ia acabar voando de você pra outro lugar. A culpa deve ser dessa sua atmosfera que permite que eles se multipliquem.
TERRA - Deixa de ser preconceituoso Marte. Somos o que somos e não é este o ponto de nossa discussão. Tenho me esforçado. De vez em quando dou uma "chacoalhada" neles. Ultimamente, já sacudi minha crosta e ativei meus vulcões causando alguns terremotos e Tsunamis, que é como eles nomeiam os meus movimentos, com isso, eliminei alguns milhares deles, mas não adianta, eles são igual  a uma praga, eles rapidamente se reorganizam e começam tudo de novo.
MARTE - É óbvio que eles vão começar tudo de novo, são seres vivos e vão lutar pela própria sobrevivência. Você lembra daquelas lagartixas gigantes que desapareceram com aquele asteróide e se...
TERRA - Não gosto de lembrar desse episódio, foi muito doloroso pra mim, levei um tempão pra me recuperar. Não quero nem pensar nessa história de asteróide ou meteoro gigante vindo do nada e me acertando em cheio é muito perigoso; além disso, você sabe que dependendo do tamanho e do impacto pode sobrar pra você.
MARTE - Pensando bem, essa não seria a solução! Mas o que fazer então?!
TERRA - Vou te contar uma coisa que eu venho percebendo de um tempinho pra cá, pouco mais de umas 200 voltas minhas ao redor do Sol, o Homo Sapiens deu início a um processo que está tornando a permanência de sua espécie cada vez mais difícil no planeta e...
MARTE - No planeta? Como assim no planeta?
TERRA - De viverem sobre a minha superfície. Estou falando de mim.
MARTE - Ah sim. Desculpe, não tinha entendido.
TERRA -  Pois é...eles começaram a revirar a minha crosta, transformando elementos encontrados e denominados por eles como petróleo e minérios o que vem modificando a relação deles com um ambiente que pra eles próprios se manterem, é de um equilíbrio super frágil; apesar disso, eles não tem planos de mudar seus hábitos, ou seja, as chances deles desaparecerem de vez em decorrência de seus próprios hábitos, estão cada vez maiores. Vou te dar um exemplo: do petróleo eles criaram um outro elemento que eles chamam de plástico e então eles o incorporaram a sua vida cotidiana, agora eles dizem uns pros outros que o plástico é um problema e que afeta o planeta. Não compartilho desse preconceito deles com o plástico, afinal ele surgiu de mim mesma não é?! Não vou me incomodar se o plástico ficar no lugar deles. Percebi também que eles são super egocêntricos e muitos deles acreditam que o universo gira em volta deles e que eles foram criados por um ser divino muito semelhante a eles próprios.
MARTE - Que presunção ingênua e arrogante.
TERRA - Essa presunção será parte de sua própria ruína, aliás de todos os seres que já habitaram em mim, esses serão os primeiros suicidas de que eu me recordo. E tem mais, a mais absurdas de todas as idéias que eles já tiveram. Quer saber qual é?
MARTE - Sim, já sei! Vamos nos mudar pra Marte!!!
TERRA - Isso seria até interessante ao meu ver, mas nada disso. Eles agora querem me salvar. É isso mesmo, eles dizem insistentemente a seguinte frase: SALVEM O PLANETA! A TERRA PEDE SOCORRO! Que presunçosos e arrogantes, eles deveriam era aprender a cuidar de si mesmos. Eu estou muito bem obrigada e ficarei melhor depois que eles se forem. Ora bolas! Preciso de alguém é pra me livrar deles, só isso.
MARTE - Que contradição, não é mesmo?! Mas deixa eu ver se entendi. Quer dizer que eles foram capazes de transformar o ambiente em que eles vivem?! Isso não te incomoda?! Quero dizer eles ficarem te revirando e escavando a toda hora?
TERRA - É exatamente aí que eu quero chegar. Isso tudo está pondo em risco a própria sobrevivência deles aqui em mim, entendeu?
MARTE - Entendi. Mas espera um pouco! Isso quer dizer que eles vão mesmo querer se mudar para cima de mim? Não!!! De jeito nenhum! Não vou permitir uma coisa dessas.
TERRA - Calma, Marte! Escute o que eu estou lhe dizendo. Aparentemente, eles estão com os dias contados, as minhas últimas duzentas voltas em torno do Sol foram cruciais para eu chegar a essa conclusão. Eles estão se auto destruindo, está se tornando impossível pra eles a cada volta que damos em torno do sol, provavelmente, nós não precisaremos fazer nada. Eles simplesmente vão desaparecer. Aliás eu já passei por coisas bem piores, você lembra das tempestades solares e das chuvas de meteoros pelas quais já passamos e estamos aqui até hoje. Vamos dar tempo ao tempo e em breve estaremos falando desse pequeno incômodo humano como se fosse coisa do passado.
MARTE - Graças a Deus, eu nunca tive esse tipo de problema!
TERRA - Ha-ha! Você me mata de rir!
MARTE - O que foi que eu disse?
TERRA - Você não quer saber dos humanos, mas se comporta igualzinho a eles - "Graças a Deus?!" - só você mesmo.
MARTE - É no que dá essas nossas conversas.

"Nosso ego, nossa ruína" por Jairo Souza.