quinta-feira, 28 de junho de 2012

PARFOR/MARABÁ NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA.


Caros alunos e demais colegas,
 
A decisão tomada no campus de Marabá faz com que estejamos na contramão da história. Professores do campus de Belém entre outros campi suspenderam todas as atividades; isto sim é greve de verdade! Há contradições como no caso de Altamira que já sinaliza inclusive de retomar as aulas também do intervalar, além do Parfor. Já as federais do Amapá e do Amazonas também suspenderam o Parfor.

TUDO POR DINHEIRO
Contradições a parte, a decisão da assembléia docente do campus de Marabá nos traz uma reflexão sobre a precariedade não só das nossas condições de trabalho, mas também de como o individualismo impregnado nos gestores e coordenadores, que pelo visto esqueceram que são trabalhadores, contamina também os professores que estão muito mais preocupados com seus curriculos lattes e suas carreiras individualmente e por isso, se veem seduzidos pelas bolsas de R$ 5.300,00 do Parfor (pagas em parcelas). Por causa desse dinheiro, muitos colegas abandonaram a luta, aliás muitos nunca estiveram efetivamente em greve - hipócritas! Muitos ainda se apoiaram no discurso de que os alunos do Parfor saíriam prejudicados e que os danos a sua formação seriam irrever$ívei$. Esse posicionamento foi principalmente sustentado por professores em cargos de coordenação do Parfor que na prática são diretores das faculdades do campus de Marabá - esses principalmente preocupados em não "desagradar" as coordenações em Belém, sustentaram discursos a favor do Parfor, mas na verdade já estavam cooptados pelas ordens do governo (via Capes) e por seus intere$$es particulares.


A COLETIVIDADE perdeu, o INDIVIDUALISMO venceu
É essa a realidade cruel em que nós nos encontramos. Interesses particulares de gente que nunca esteve na luta pra valer e que marcou presença na assembléia pura e simplesmente porque seu cargo administrativo poderia ser ameaçado caso o PROGRAMA PARFOR não fosse executado. Eu, na posição de coordenador do Parfor Letras Inglês, fui excessão. É  isso mesmo, quem pensa no coletivo é excessão.
Estamos sob uma mentalidade perversa de competição em que é cada um por si. Se você discorda, o problema é seu, esse cargo é meu, essa bolsa é minha e ninguém tasca. A "cegueira" do individualismo burguês corre na veia de trabalhadores assalariados que gozam de um status de nível superior e por isso não se identificam mais como trabalhadores por causa de seus títulos acadêmicos e porque se comportam no espaço público como se estivessem trabalhando em uma empresa privada e com medo de desagradar o patrão (Capes).


DECEPÇÃO
Enfim, esses são os fatos, por mais que muitos tentem mascará-los com sua retórica acadêmica por trás de sua pseudo-crítica da realidade. Fui voto vencido naquela triste assembléia em que vi muitos dos meus colegas de trabalho votarem a favor do programa do governo se vendendo por bolsas e desistindo da oportunidade de usar o PARFOR como uma bandeira de luta politizando a discussão na busca de mais uma vitória para todos os trabalhadores.

PELO COLETIVO
Finalmente, na segunda-feira (02/07), estarei lá no campus acatando a decisão coletiva, pois diferente de muitos que não sabem o que isso significa manterei minha palavra de acatar a decisão da maioria, mesmo discordando do estado de coisas.

Abraços fraternais,
Prof. Jairo Souza.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

AÇÃO GLOBAL - MST REALIZA ATO NA ALPA

O MST realizou na quarta-feira um ato de protesto contra o atual modelo de desenvolvimento imposto pelo capital internacional. Como parte da AÇÃO GLOBAL - uma série de manifestações mundo afora como um contraponto a realização da RIO+20. O manifesto foi filmado e encontra se aqui e no Youtube. Vale a pena assistir e refletir.

Texto abaixo do Youtube no dia 20 de junho de 2012:
Mais de 400 trabalhadores e estudantes, de diferentes organizações sociais, ocuparam hoje pela manhã a área da Aços Laminados do Pará (Alpa / Vale), o protesto de caráter pacífico, com marchas e composição de monumentos humanos [castanheira, simbolo do dinheiro e a mandala dos povos] faz parte da chamada "Ação Global", que está sendo realizada em várias partes do País, numa ação de crítica ao sistema capitalista e a política da economia verde debatida no evento Rio+20.

Daqui um time mais inglês procês! Charlatões à vista.


O site Inglês Fluente Online (cilque acima mas cuidado pra não se deixar seduzir) da chamada Universidade do Inglês oferece um curso de inglês com duração de oito (08) semanas. A proposta apresentada pelo senhor Jober Chaves de Azevedo que se identifica com um cognome de "Indiana Jober Jones"* (postura que denuncia fata de profissionalismo) promete aos seus alunos a fluência em língua inglesa num curto espaço de tempo. 

A proposta encontra-se inserida na modalidade EAD (Ensino a Distância), o estudante após sua inscrição receberá um material didático via e-mail que corresponde a um material escrito para leitura e áudios em mp3 contendo as aulas. A proposta de aprendizagem anunciada faz referência ao trabalho autoral de Gorgon Dryden e Jeanette Vos do livro Revolucionando o Aprendizado disponível em português em http://www.4shared.com/office/nzt70MXC/revolucionando_o_aprendizado__.html que tem como base, entre outros pesquisadores,o norte-americano Howard Gardner e a teoria da inteligências múltiplas. Apesar de anunciar uma linha de pensamento epistemológico que comungaria com práticas de ensino socio-construtivistas e trabalharia a autonomia de seus alunos, o curso na prática se detém ao modelo behaviorista de abordagem com exercícios que refletem o audiolingualismo com a prática de repetição e a busca de uma pronúncia native-like que idealiza o falante de língua como aquele que conseguiu apagar qualquer traço de sotaque de sua língua materna. De fato, essa visão de aprendizagem ainda ganha respaldo em contextos ILE (Inglês como Língua Estrangeira) até hoje em empresas que se dizem escolas onde os sujeitos responsáveis pelo ensino carecem de formação e qualificação  adequada para o trabalho que desempenham. Com relação a língua estrangeira de modo geral, ainda se sustenta a ideia, até hoje, de que se você sabe falar uma língua você já pode ensinar formalmente. Isso mantém a opinião pública cativa de uma visão equivocada de aprendizagem e abre espaço para pessoas sem qualificação na área (e muitas vezes sem planos de se qualificar, pois enxergam a atividade como um "bico") atuarem como profissionais de língua.
A partir do embasamento teórico inspirado pelo livro supracitado, do qual o senhor Jober Chaves de Azevedo se diz pioneiro por ter trazido a obra para o Brasil, o que é no mínimo duvidoso, já que seu nome não aparece na versão brasileira de tal obra. O Inglês Fluente Online mantém o discurso de estar fazendo uso das mais modernas ferramentas tecnológicas do mundo digital, só pelo fato do curso ser oferecido a distância. Fora disso, não disponibiliza para os alunos outros sites, ou sequer outros ambientes virtuais para que os alunos possam desenvolver suas habilidades. O curso adota uma postura "hermética" de revolucionário como se tivesse descoberto a solução para todos os problemas e dificuldades de aprendizagem, ignora os diferentes contextos em que a aprendizagem pode-se dar, não leva em consideração o público por faixa etária, tenta manter todos no mesmo espaço virtual, descaracterizando a cibercultura e realiza um verdadeiro brainwash em seus alunos.
O curso afirma já estar funcionando com uma experiência de 15 anos e que milhares de pessoas já aprenderam a falar inglês fluentemente através desse "método". É com essa linguagem simplista que infelizmente muitas pessoas se inscrevem em cursos como esse que "prometem o céu" através de fórmulas de sucesso.
Decidi analisar o site  http://www.inglesfluenteonline.com.br/ pois acredito que ele nos dá a oportunidade para refletirmos um pouco sobre o ensino-aprendizagem de língua inglesa e a atividade docente reduzidos a uma oferta de serviço, pura e simplesmente como um produto de mercado. Há um consenso geral da existência dos saberes epistemológicos na área da Linguística, da investigação científica e de toda a literatura sobre ensino de línguas acumulados ao longo dos anos; da importância de tudo isso e da responsabilidade social inerentes à educação formal e da construção de uma formação cidadã; já expressadas claramente em documentos vide LDB, nos PCNs entre outras legislações oficiais como a própria Constituição Brasileira. Por isso, vejo como grave, tratar o ensino de língua inglesa de forma mercantilizada, simplesmente como um produto a ser consumido através de um serviço. A livre iniciativa também presente na Constituição não pode funcionar como "brecha na lei" para atividades irresponsáveis no campo da educação.
Infelizmente, no Brasil, muitos que se intitulam empreendedores (leia-se aqui aventureiros) atuam livremente como se fossem profissionais da área de educação e faturam muito com suas atividades muito mais mercadológicas do que educacionais. Um problema sério em nosso país que se perpetua agora através do mundo virtual também.

 "Indiana Jober Jones"*- ao se identificar assim reforça o estereótipo de que inglês só se fala como norte-americano, visão territorializadora e colonialista altamente questionável em que Os Estados Unidos se configuram como única ou melhor referência de falante da língua. A imagem de Hollywood ou da Disneylandia são característicos de quem não tem formação na área educacional e acredita em fórmulas mirabolantes de ensino. Uma prática comum ainda mantida por muitas escolas de idiomas, em outras palavras ALIENAÇÃO PURA.

sábado, 23 de junho de 2012

Quando psicopatas vão ao trabalho. (2)

Language, Culture and Society.: Quando psicopatas vão ao trabalho.: Você conhece um sociopata? Será que não? Olhe em volta, pois você pode estar convivendo com um deles. O título desta postagem é também a ...( clique no link acima)

Novamente retorno ao assunto da SOCIOPATIA, um mal que acomete muito mais gente do que imaginamos.
No filme MISERY que no Brasil se chamou "Louca Obssessão", a atriz Kathy Bates interpreta a "fã número um" de um famoso escritor de romances. Após salvar o seu "ídolo" de um acidente automobilístico num inverno rigoroso no interior do Estado de Nevada, US, sua personagem se revela muito mais que uma simples fã de literatura.

A obra cinematográfica retrata a psicopatia que é uma disfunção neurológica entendida por espcialistas como muito mais grave do que a chamada SOCIOPATIA, mas o filme nos traz a chance de entendermos um pouco de como também funciona a mente dos sociopatas que estão por aí nas empresas, na escola, na família, etc.

Saiba Mais:
http://www.interfilmes.com/filme_13788_louca.obsessao.html
http://ramblefilm.blogspot.com.br/2011/11/cold-cold-film-thoughts-on-misery.html

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pistoleiros de Farda atacam Trabalhadores Rurais.

Divulgo aqui texto enviado pelo Prof. Bruno Malheiro (Ufpa - Marabá).

Nesta quinta feira, 21 de Junho de 2012 em frente a fazenda Cedro de propriedade do banqueiro Daniel Dantas, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) manifestavam contra a grilagem de terras públicas, contra o desmatamento e o uso de venenos na agricultura e pela efetivação da Política de Reforma Agrária. A marcha, com tom pacífico e integrando o conjunto de manifestações no contexto da Rio + 20, tinha a presença de crianças, mulheres gestantes gozando do direito de exigir seus direitos. Quando o corredor humano se aproximou da fazenda, vários homens da escolta armada que policia a fazenda atiraram na direção dos manifestantes que, desarmados, respondiam com fogos de artifício. A truculência foi tamanha que uma mulher que acompanhava a marcha e estava do outro lado da BR-155, com sua filha no colo, sentada em uma guarita, onde param ônibus e vans, viu sua criança sendo atingida na cabeça de raspão por uma bala. Os tiros continuaram e vários outros agricultores foram feridos. Se não fosse vários manifestantes se esconderem atrás do muro da porta de entrada da fazenda, talvez um massacre tivesse ocorrido. A polícia, quando chegou, encontrou armas pesadas dos seguranças da fazenda.

Este fato nos coloca algumas questões: 
1 - Como a questão está sendo tratada na grande mídia? Falam de conflito, como se tivesse ocorrido confronto. Alguém já se perguntou se algum segurança está ferido? Não esqueçamos de novembro de 2009, em uma outra marcha na mesma BR-155 e por pouco a polícia não promove um massacre justificado pela grande mídia pela circulação de imagens de destruição de fazendas e pela criminalização dos movimentos sociais ligados a questão agrária. Não esqueçamos também, como fez a grande mídia, de Zé Claudio e Maria, que acabava de se formar em pedagogia pela UFPA, brutalmente assassinados em Nova Ipixuna em maio de 2011. A micropolítica nunca exibiu tantos corpos rejeitados do direito de existir e os discursos midiáticos nunca quiseram tanto que estes corpos não existissem...

2 - Qual a efetividade da política de Reforma Agrária deste governo? Há mais de dois anos as ocupações aumentam, as manifestações engrossam, mais terras foram consideradas griladas e improdutivas, mas qual a resposta do INCRA? Nenhuma fazenda desapropriada, eu diria!!! Um governo alinhado aos interesses do agronegócio e da mineração que tem na reprimarização da produção a estratégia de revigorar nossa condição de colônia, talvez agora para a China, não pode ter outra resposta! E o pior é a tintura de popular que alguns teimam em pintar esse governo... O consenso e a popularidade justifica abusos, autoritarismos (como Belo Monte), corrupção e uma política que aprofunda as contradições sociais.

3 - Alguém já parou para pensar na proliferação das escoltas armadas, particularmente na região do sudeste do Pará? Algo que seria para ser usado para, principalmente, garantir a segurança no transporte de cargas e valores, é uma brecha na legislação que está sendo usada para a legitimação da pistolagem! Eu mesmo já fui monitorado por elas em dois trabalhos de campo, principalmente em Serra Pelada. Parece que Agamben estava certo quando disse que essas medidas chamadas de extraordinárias são “inicialmente apresentadas como medidas ligadas a acontecimentos excepcionais, reservadas a situações limitadas no tempo e no espaço, [e depois] tornam-se regra”. Não podemos aceitar isso com naturalidade, algo pensado para excepcionalidades não pode se tornar normal!
4 - É claro e evidente para todos que o capitalismo nesta região congrega uma multiplicidades de relações contraditórias entre si, que o sudeste do Pará é um front entre vários projetos de territorialização, que a renda da terra, o capital comercial, industrial e financeiro estão aqui ligados de forma umbilical, assim como várias formas de exploração do trabalho. Aqui, de modo geral, a expulsão de camponeses da terra, o saque dos recursos naturais, dos meios de produção e de existência dos sujeitos do campo, a expropriação privada de bens públicos e dos saberes comunitários tradicionais é um processo permanente. O ontem, o hoje e o amanhã do capital dão as mãos para conseguirem taxas de lucro mais elevadas. É nesse contexto que emergem, então, a luta pela permanência ou reconquista do território por camponeses, indígenas, atingidos por barragem, por mineração... Nesse cenário de luta por direitos e por uma nova forma de viver, no que aqueles que lutam se transformam para a sociedade em geral? Em criminosos, ou então, em sujeitos descartáveis para a biopolítica geral!   
5 - Diante de tudo isso a sociedade em geral continua consumindo os discursos midiáticos, tomamos posições cômodas, fugindo da realidade que nos cerca... não podemos nos transformar em cúmplices de novos massacres!!!
Bruno Malheiro.

domingo, 17 de junho de 2012

Quando psicopatas vão ao trabalho.

Você conhece um sociopata? Será que não? Olhe em volta, pois você pode estar convivendo com um deles. O título desta postagem é também a tradução do título do livro SNAKES IN SUITS, when psychopaths go to work disponível em (http://www.amazon.com/Snakes-Suits-When-Psychopaths-Work/dp/0060837721).
Pode parecer estranho, mas não é: eles são articulados e inteligentes, sedutores e convincentes; e é por essas características que eles encontram no meio profissional um ambiente perfeito para desenvolver suas práticas. Para as empresas, eles sempre serão a príncipio o funcionário ideal - líder nato, com fome de sucesso e prazer por alcançar metas e chegar ao topo. Entretanto, é no decorrer desse caminho que os SOCIOPATAS vão deixar um rastro de mentiras, atos desonestos, trapaças, fraldes e um prazer mórbido por todo tipo de ação de assédio e intimidação.
De acordo com especialistas (ver links abaixo) eles raramente vão cometer crimes violentos ou se tornar agressivos, seu prazer está na sutileza de suas ações "destilando seu veneno" com crueldade e esperteza. Eles são "escorregadios" pois como diz o ditado "batem e escondem a mão".
Mas não se iluda, eles são perigosos, pois seu prazer está em ver a desgraça alheia sem sentir remorso ou culpa pelos seus atos, eles em geral são incapazes de reconhecer seus erros, são manipuladores e mentem descaradamente; a indiferença é sua marca registrada. Geralmente, são sujeitos acima de qualquer suspeita com educação formal consolidada e por isso de uma reputação aparentemente idônea. O mais cruel de tudo isso é nós percebermos o quanto muito desse perfil se encaixa perfeitamente hoje em dia, no ambiente de trabalho, lugar que exige em geral das pessoas que elas sejam competitivas e lutem pelo sucesso a qualquer custo. Está assim pronto, o cenário perfeito para o sociopata.
Para as empresas, o problema é a longo prazo, pois os danos de sua presença vão surgindo com o tempo, muitos de seus colegas a esta altura já foram demitidos (por culpa de quem?!), afastados por questões de saúde ou em muitos casos estão trabalhando mas dentro de um "inferno astral" sem precedentes porque provavelmente, a esta altura, o sociopata já ocupa um cargo de gerência, chefia ou direção, lugar privilegiado em que suas ações podem ser perpetradas de forma mais contundente e sem muitos questionamentos, em geral, cooptando "parceiros" e mantendo-os cativos com troca de favores e uma relação de dependência, submissão e obediência.
A imagem de capa do livro mostrada aqui no post, expressa bem a sensação de quem convive com um sociopata no trabalho, se você não se cuidar pode ser fatal. É VIVER NÃO COM A CORDA, MAS COM UMA COBRA NO PESCOÇO.
Jairo Souza.

Para saber mais e alertar toda a comunidade acerca do problema, leia mais nos links abaixo:

http://thiagof.com/up/arquivos/SuperInteressante_MentesPsciopatas_BlogUtilidadePublica.pdf

http://www.trilhasdaimensidao.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=1630361

EDUCAÇÃO MERCANTILIZADA DO GOVERNO DILMA.


O texto abaixo foi enviado pela prof. Simone Contente da Universidade Federal do Pará e estou aqui divulgando mais esta denúncia contra o governo do PT de Dilma Roussef. Segue a mensagem e por favor repassem, divulguem na medida do possível.

Car@s comp@s,

Precisamos denunciar em todas as redes sociais a aprovação na Câmara dos Deputados da MP 559/12  que cria o Proies, Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior, perdoando as dívidas das IES privadas de quase 17 bilhões em troca de bolsas para os estudantes pobres. A mantenedora que aderir ao Proies contará com moratória de 12 meses para começar a pagar o parcelamento e poderá quitar até 90% de cada prestação com certificados emitidos pelo Tesouro Nacional recebidos em contrapartida pelas bolsas concedidas.

O governo ainda tem a cara de pau de falar em crise financeira internacional e que não tem dinheiro para reajustar o salário do funcionalismo público?????

E também que não pode investir 10% do PIB para a educação, mas abre mão de receber 17 bilhões dos TUBARÕES DO ENSINO SUPERIOR PRIVADO!!!

ISSO É UMA VERGONHA!!! Vamos denunciar!!!

Leiam a matéria no site da Câmara:  http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/ADMINISTRACAO-PUBLICA/419782-CAMARA-APROVA-MP-QUE-SIMPLIFICA-LICITACOES-DO-PAC.html

--
Profa. Dra. Vera Lúcia Jacob Chaves
Prof. Associada da Universidade Federal do Pará/Instituto de Ciências da Educação
Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação Superior - GEPES
Site: www.ufpa.br/ce/gepes
E-mail alternativo: vjacob@uol.com.br

sábado, 16 de junho de 2012

PARFOR, O CALCANHAR DE AQUILES DA GREVE?!


Em um comunicado publicado no dia 15 de junho (link: http://sindufap.wordpress.com/2012/06/15/comunicado-clgunifap-no-0072012/), o SINDUFAP, sindicato dos docentes da Universidade Federal do Amapá reiterou seu posicionamento de NÃO realizar a etapa Parfor. Vejam o trecho abaixo:

"A deliberação da Assembleia foi de que não era necessário votar se o PARFOR deveria ou não ser aprovado para funcionar em julho, visto que, no entendimento de muitos este assunto já tinha sido vencido na Assembleia de deflagração da greve, dia 15 de maio. Desta forma, a Assembleia Geral decidiu em não permitir que o PARFOR funcione, em consonância com a deliberação da deflagração da greve geral dos docentes."

Afinal, qual é o posicionamento dos sindicatos e comandos locais? É possível manter a força dessa greve em todo o Brasil mesmo com os professores em greve dando aula no Parfor nas IFES do norte e nordeste? Sinto que estas e outras questões precisam ser melhor discutidas e esclarecidas junto a comunidade acadêmica como um todo. Já não seria a hora de uma assembléia docente sobre a questão? Penso que o CNG (Comando Nacional de Greve) precisa se posicionar sobre a questão o mais rápido possível já que estamos claramente caminhando para situações díspares dentro desta greve nacional.

Alguns discursos têm circulado, gerando discussões polêmicas entre os docentes do Camar:

- "As atividades do Parfor não entram na CH PIT dos professores, por isso não tem nada a ver com a greve";
- "O Parfor é programa do governo federal e não das universidades federais com financiamento via Capes, portanto não pode parar, pois os recursos precisam ser usados, para não serem 'desperdiçados'"
- "Parar as atividades no Parfor é uma questão de atitute ideológica, individual, portanto para quem quiser, quem não quiser não para"
- "O Parfor não depende dos professores em greve para acontecer, pois pode contratar profissionais sem vínculo com as IFES".

Esses e outros discursos, a meu ver, são argumentos que podem sim enfraquecer o Movimento Nacional de Greve nas Universidades Federais sobretudo nas regiões que impulsionaram o movimento. Pergunto novamente: Já não seria a hora de uma assembléia docente sobre a questão?!

Prof. Jairo Souza

quinta-feira, 14 de junho de 2012

ATO UNIFICADO DOS TRABALHADORES - MARABÁ PIONEIRA.


Na Rio + 20, as corporações, ocultadas por suas fundações e ONG’s, pretendem difundir o capitalismo verde como palavra que possibilite mais alguns anos de saque dos nossos recursos naturais, de uso intensivo de energia e de expropriações. Tal como na Rio 92, o objetivo é despolitizar, cooptar movimentos, organizações sociais, precarizar o trabalho assalariado, tanto na saúde, segurança e educação, com por exemplo o sucateamento dos serviços públicos e a mercantilização da educação via privatização gradativa das universidades.
A região sudeste do Estado do Pará tem uma importância estratégica para os grandes projetos (ALPA, por exemplo) que sempre chegam até o nosso povo com a promessa de mais empregos e um desenvolvimento que nunca acontece. Foi assim no passado, é assim agora, mas não precisa ser assim no futuro.
Os trabalhadores promovem na manhã desta quarta-feira, dia 20 de junho de 2012, ATO UNIFICADO que se inicia com uma marcha que sairá do núcleo Cidade Nova e vai até a Marabá Pioneira. Na ocasião, os movimentos sociais e as diversas categorias de trabalhadores em greve manifestarão seu repúdio ao atual modelo de desenvolvimento estabelecido pelos governos nas mais diversas esferas do poder.
SALVEM AS PESSOAS, E ASSIM O PLANETA. Não são as mudanças climáticas do planeta que são preocupantes mas sim um modelo falido de desenvolvimento que degrada diariamente a qualidade de vida humana em escala mundial. As pessoas estão sendo criminalizadas, violentadas e aniquiladas das formas mais perversas: em casa, na rua e no trabalho. Tudo isso, dentro de uma lógica que somente funciona para uma minoria que detém o poder do dinheiro que tudo pode e que tudo compra. Resultado: violência de todo o tipo e corrupção pra todos os lados. "Deus" tem um novo nome neste cenário, ele se chama mercado. Tudo em nome Dele, que fomenta na sociedade uma competição desenfreada e cada vez mais desumana, com o objetivo de se alcançar as metas para um tal de desenvolvimento sustentável, que só serve mesmo para sustentar as grandes corporações, o agronegócio e o capital internacional. Se nem "Deus" escapou, imaginem a ciência! Esta já está mais do que vendida, pois a pesquisa científica também virou escrava dos financiamentos e dos prazos curtos em nome do lucro e de um suposto progresso.
NOSSO GRITO:
Vamos dar um basta à exploração irresponsável de nossos recursos naturais. Chega de criminalizar as lutas sociais! Basta de trabalho escravo! Contra  todo o tipo de racismo e discriminação! Não aceitamos mais o trabalho infantil e a exploração sexual de menores! O assassinato de trabalhadores no campo e na cidade. Contra a precarização dos serviços públicos na saúde, na segurança e na educação .
JUSTIÇA SOCIAL JÁ!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Governo se compromete a apresentar esboço de proposta na próxima terça (19)


Depois de recuar na proposta de condicionar o avanço das negociações a uma trégua do movimento grevista, representantes do governo, em reunião realizada nesta terça-feira (12) com as entidades do setor de educação, mudaram de posição e passaram a aceitar a antecipação do prazo para o fechamento de uma proposta. Em
uma reunião que durou mais de três horas, o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, acordou com o ANDES-SN e demais entidades do setor da educação, que na próxima terça-feira (19) haverá nova reunião em que o
governo vai apresentar um esboço de um novo plano de carreira. Até lá, a greve dos docentes continua.
“Hoje foi um dia vitorioso para o nosso movimento. Não só porque realizamos belíssimas manifestações em todo o país, como fizemos o governo mudar a posição de que não receberia categorias em greve. Também conseguimos que, pela primeira vez, ele aceitasse antecipar o prazo para finalizar as negociações. Se antes, o limite era 31 de agosto, agora, há uma sinalização de que o processo esteja concluído no começo de julho”, avaliou a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa. Durante as mais de três horas de reunião, um grupo de professores da Universidade de Brasília e do Comando Nacional de Greve ficou em frente ao Ministério do Planejamento, como forma de mostrar que a categoria está mobilizada.
 

A reunião começou, por volta das 18h, com o secretário Sérgio Mendonça afirmando que o governo se dispunha a apresentar uma proposta de re-estruturação da carreira
docente num prazo de 20 dias, desde que a categoria desse uma trégua e saísse da
greve. Também defenderam o encaminhamento o Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, e o diretor de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Aléssio Barros. Argumentaram que era preciso estabelecer uma relação de confiança entre o governo e as entidades.
A proposta foi veemente rechaçada pelas entidades presentes. “Eu custo a acreditar no que ouvi. Ontem, na reunião do Comando Nacional de Greve, foi levantada essa possibilidade, mas eu não achei que seria possível. Vim hoje para essa reunião esperando que fosse apresentada uma proposta e que sairíamos daqui para virar a
noite estudando o que fosse apresentado ”, afirmou a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa. Ela lembrou que o governo foi avisado inúmeras vezes de que a categoria estava insatisfeita. “Agora, não há como negar. Estamos em uma das maiores greve já realizadas no setor, com 55 instituições paradas, sendo 50 universidades”, afirmou.
Governo se compromete a apresentar esboço de proposta na próxima terça. http://www.andes.org.br:8080/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=5417

Marina argumentou que o governo não podia esperar que a categoria aceitasse dar a trégua, pois há muito tempo que os docentes vêm dando prazos, continuamente descumpridos pelo Ministério do Planejamento.
O 1º vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch, afirmou que a greve é fruto da compreensão da categoria de que há uma desvalorização do magistério. “Hoje temos uma carreira totalmente desestruturada”, afirmou. O diretor do Sinasefe David Lobão criticou o fato de o governo condicionar o avanços das negociações à volta ao trabalho dos grevistas e argumentou que a greve, ao contrário do que diz o governo, pode levar a negociações mais rápidas, já que a categoria estará em estado de mobilização permanente. Os dirigentes do Proifes lamentaram o fato de o governo ter
desmarcado a reunião no dia 28 de maio e informaram que a categoria tem decidido, em plebiscitos, pela greve.

TréguaDepois das falas das entidades, os representantes do governo pediram um intervalo e voltaram com a proposta de realização de uma reunião na próxima terça-feira (19), em que será debatido um esboço de um novo plano de carreira. Disseram, também, que a proposta vai partir do que foi discutido na reunião do dia 15 de maio e que poderá ser utilizado como parâmetro o plano de carreira do pessoal do Ministério da Ciência e Tecnologia. Sérgio Mendonça não quis se comprometer se o piso e o teto serão o mesmo do pessoal da Ciência e Tecnologia.
Os representantes do governo insistiram que as categorias dessem uma trégua e voltassem ao trabalho. Os dirigentes do ANDES-SN foram enfáticos em afirmar que não havia como a categoria recuar. “Só podemos dar qualquer posição quando conhecermos a proposta do governo. Até porque a nossa carreira tem especificidades
que não foram contempladas pelo governo”, adiantou Marina Barbosa.
O 1º vice-presidente da Regional Nordeste II do ANDES-SN Josevaldo Cunha questionou dos representantes governistas se eles poderiam adiantar o teor da proposta. “Queremos saber se haverá uma preocupação de se fazer uma discussão da estrutura conceitual, para depois de chegar ao impacto orçamentário, ou se o governo
colocará um limite financeiro, que é conjuntural, a sobrepor a organização do plano de carreira”, questionou. Sérgio Mendonça respondeu, apenas, que a proposta levará em consideração toda a discussão realizada no GT carreira.
Para o ANDES-SN, a reunião desta terça-feira marcou o início efetivo das negociações. “Entendemos que concluímos as discussões do GT. Podemos não ter chegado a um denominador comum, mas agora todas as nossas divergências e pontos convergentes ficaram claros. Vamos, então, partir para outro patamar de discussão, no qual o governo precisa objetivar suas propostas, que serão analisadas pelo movimento”, afirmou
Marina Barbosa.
Fonte: ANDES-SN

domingo, 10 de junho de 2012

Engrossa a greve nas federais

08/06/12 às 00:00
Os servidores técnico-administrativos (os TAE’s), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tencológica Federal do Paraná (UTFPR), fazem, na segunda-feira, uma assembleia geral para deflagração de greve, já marcada desde a semana passada. A primeira grande atividade da greve será a Assembleia Geral, a partir das 9 horas, no Restaurante Universitário (RU) da UFPR Central. O QG da greve estará aberto a partir das 7 horas.
Essa assembleia deve debater informes nacionais, a formação das comissões e do Comando Local de Greve e o fundo de greve. Já está marcado também um ato público unitário com as demais categorias em greve no dia 14 de junho. A greve dos TAE’s é nacional, assim como a dos professores. Em Curitiba, os professores da UFPR e UTFPR deflagraram greve por tempo indeterminado no dia 17 e maio.

Ifes — A greve dos professores das universidades federais já completou mais de 20 dias com adesão de profissionais de 51 Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). Mas ainda não há previsão para o fim da paralisação, já que, desde que a greve foi decretada, não houve nenhuma reunião de negociação entre a categoria e o Ministério do Planejamento. Nesta semana, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reuniu-se com o comando de greve e informou que uma nova reunião será feita na próxima semana, mas o encontro ainda não foi marcado, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Após a Marcha Unificada dos Servidores Públicos que reuniu diversas categorias em Brasília no início da semana, membros dos sindicatos se encontram com o secretário executivo adjunto do Ministério do Planejamento, Valter Silva. Mas, segundo Aloisio Porto, do Comando de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior ( Andes), não foi feita nenhuma nova proposta. “O MEC chamou a gente para conversar, mas por causa da pressão. Eles ainda não têm uma proposta concreta”, disse o líder sindical.

sábado, 2 de junho de 2012

BOLETIM DE GREVE 3

 
A greve nacional das IFES continua em dinâmica de crescimento já são 48 universidades em greve em pouco mais de uma semana do início do movimento (vê analises políticas nos  anexos 1 e 2) Esse fato tem nos colocado inclusive na grande mídia brasileira. No dia 24 de maio houve uma reunião do Ministério do Planejamento e gestão (MPOG) do governo federal com a ANDIFES (Ass. Dos dirigentes das Instituições de ensino superior) para discussão sobre a greve(vê anexo3). Entretanto, a reunião marcada para o dia 28 entre o ANDES e o MPOG foi cancelada pelo governo, gerando ainda mais indignação na base do movimento.
Em Belém, o comando de greve dirigido pela ADUFPA participou de uma reunião com o Dep. Puty para buscar no mesmo apoio a greve dos docentes das IFES. O mesmo garantiu ao movimento uma manifestação sua no congresso nacional a favor da pauta de reivindicação da categoria docente.
Chegando no nosso “quintal” (em Marabá) continuamos com nossa greve 100%, mesmo com o roubo de nossa faixa do portão. Esta semana estaremos enviando um companheiro do CLG para o CNG, com fins ao  fortalecimento do mesmo. Além disso,  estamos com um calendário de mobilização interno.
AGENDA
AMANHÃ (30/05):
Debate sobre a UNIFESPA. Que Universidade queremos. ÀS 16 horas sala Jurídicas altos campus I
Após o debate teremos um som, cerveja e quitute para um bate-papo mais descontraído
DIA (01/06):
Primeira Mostra de Música da UFPA às 18 horas
Dia (5/06):
Ato unificado dos Servidores Públicos (Marcha a Brasília), em Marabá ainda não foi definido sobre o local do ato.
DIA (15/06)
Arrastapé  junino, com muito forró, brincadeiras, comidas típicas... para todos os gostos. Local: Estacionamento do Campus I da UFPA. Hora: a partir das 19 horas
Comando Local de Greve