domingo, 27 de maio de 2012

A CIÊNCIA PRECISA DE TEMPO

O movimento Slow Science defende o direito de cientistas fugirem da corrida pelo grande número de publicações e priorizarem qualidade da pesquisa. Sabine Righetti (Folha de S. Paulo, 08/08/11) noticiou que um movimento que começou na Alemanha está ganhando, aos poucos, os acadêmicos. A ebulição é espontânea: mais tempo para os cientistas fazerem pesquisa. Quando docentes são pressionados a se dedicar, em simultâneo, à massificação do ensino superior e à produção seriada de papers, evidentemente, predomina a quantidade e não a qualidade do trabalho.
Quem encabeça a ideia é a organização Slow Science, criada por cientistas gabaritados da Alemanha.  Aderir ao movimento significa não se render à produção desenfreada de artigos em revistas especializadas, apenas para contar muitos pontos nos sistemas de avaliação de produção científica.
De acordo com o padrão norte-americano hegemônico, quem publica em revistas científicas muito lidas e mencionadas por outros cientistas consegue mais recursos para pesquisa. Por isso, os cientistas acabam centrando seu trabalho nos resultados imediatos: publicações. Vale-tudo: múltiplos (e falsos) autores, troca de favores, patotas, exclusivismo, sedução de editores, etc. O carreirismo predomina sobre o amadurecimento intelectual.
“Somos uma guerrilha de neurocientistas que luta para que o modelo midiático de produção científica seja revisto”, disse o neurocientista Jonas Obleser, do Instituto Max Planck, um dos criadores do Slow Science. O grupo divulgou um manifesto, no final do ano passado, em que proclama: “Somos cientistas, não blogamos, não tuitamos, temos nosso tempo”. [Eu "blogo" e pouco me importo se alguns colegas desdenham esse instrumento contemporâneo de debate público.] “A ciência lenta sempre existiu ao longo de séculos. Agora, precisa de proteção.”
O manifesto faz sentido científico. Há necessidade de verificar os dados com vagar, antes de tirar conclusões precipitadas. A Slow Science alerta para a questão do tempo necessário para analisar certa hipótese em profundidade e tirar conclusões acertadas.
Nesse movimento de “desobediência civil”, não é preciso se filiar formalmente. Basta imprimir o manifesto e divulgar no seu departamento. A ideia é pregar a pesquisa que não se paute só pelo resultado rápido e por critérios internacionais, pois coloca temas nacionais em segundo plano. O monismo metodológico para todas as ciências, seja laboratoriais, seja sociais, é debate inconcluso e não pode ser imposto à força.
“É improvável que o ritmo de fazer pesquisa seja diminuído por meio de acordo mundial em que cada cientista assume o compromisso de desacelerar seus trabalhos”, foi a reação de especialista em cientometria (medição da produtividade científica). 

O MANIFESTO DA CIÊNCIA LENTA
Nós somos cientistas. Nós não blogamos. Nós não tuitamos. Nós necessitamos do nosso tempo.
Não nos levem a mal – dizemos sim para a ciência acelerada do início do século 21. Dizemos sim ao constante fluxo de publicações em revista e medição de seu impacto; dizemos sim para blogs de ciência e atendimento das necessidades de mídia; dizemos sim à crescente especialização e diversificação em todas as disciplinas. Nós também dizemos sim para investigar a retroalimentação dos cuidados de saúde e a prosperidade futura. Todos nós estamos também neste jogo.
No entanto, sustentamos que isto não pode ser tudo. Ciência precisa de tempo para pensar. Ciência precisa de tempo para ler, e tempo para falhar. A ciência nem sempre sabe o que pode estar certo apenas agora. Ciência se desenvolve de maneira vacilante, com movimentos bruscos e saltos imprevisíveis para a frente. Ao mesmo tempo, no entanto, arrasta-se por aproximação em escala muito lenta, para a qual deve haver tolerância de maneira que seu resultado seja justo.
Ciência lenta foi praticamente a única ciência concebível por centenas de anos; hoje, argumentamos, essa lentidão merece renascer e ter necessidade de proteção. A sociedade deve dar aos cientistas o tempo necessário, mas, mais importante, os cientistas devem adequar seu tempo.
Precisamos de tempo para pensar. Precisamos de tempo para digerir. Precisamos de tempo para entender bem uns aos outros, especialmente, para a promoção do diálogo perdido entre humanidades e ciências naturais. Nós não podemos dizer, continuamente, o que nossa ciência significa, o que será bom para ela, porque nós simplesmente ainda não sabemos. Ciência precisa de tempo.

Docentes farão vigília e ato público na segunda-feira (28).


Os docentes das instituições federais em greve devem realizar atos públicos e grandes assembléias na próxima segunda-feira (28), quando acontece primeira reunião com o governo após a deflagração da paralisação nacional, em 17 de maio.
 
De acordo com nota divulgada pelo Comando Nacional de Greve (CNG) o dia 28 será uma data de suma importância no processo de negociação para a reestruturação a carreira docente. “Todas as seções sindicais devem marcar esse dia em vigília”, ressalta o CNG. O comando orienta também que os professores realizem atos públicos articulados nos estados, preparatórios à Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais, que acontece no dia 5 de junho em Brasília. As atividades também devem servir como forma de ampliar a mobilização e a articulação estaduais entre as diversas categorias.
 
As seções sindicais em greve devem organizar também caravanas para garantir uma grande participação do ANDES-SN na Marcha, que demonstre a força da greve dos docentes federais. No dia 5 de junho, acontece também uma plenária pública e ampliada do Fórum Nacional das 32 Entidades dos Servidores Públicos Federais, na Esplanada dos Ministérios, quando será votado o indicativo de greve geral do funcionalismo federal a partir de 11 de junho.
                                                                                                         Fonte: ANDES-SN

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Governo suspende reunião com professores federais em greve prevista para 28/5

Dando uma clara demonstração de que não sabe lidar com a greve dos professores federais que a cada dia ganha mais força, o Ministério do Planejamento (MP) suspendeu a reunião agendada para segunda-feira (28).

O encontro foi suspenso no final da tarde desta sexta-feira (25), sem justificativas pelo secretário de Relações do Trabalho do MP (SRT/MP), Sérgio Mendonça (veja aqui a correspondência). Esta seria a primeira reunião dos representantes do governo com o ANDES-SN desde a deflagração da greve, em 17 de maio.

Para o Comando Nacional de Greve (CNG), o cancelamento demonstra o desrespeito do governo em relação aos prazos estabelecidos por seus próprios representantes. Isso evidencia também a ausência de proposta efetiva a ser apresentada aos professores para resolver o impasse da greve.

De acordo com nota divulgada pelo CNG, esse fato confirma o não andamento das negociações e o interesse do governo em desarticular o movimento da categoria em greve.

Mesmo com a suspensão do encontro, todas as atividades de mobilização estão mantidas para esta segunda-feira (28), inclusive o ato em frente ao Ministério do Planejamento, marcado para às 11h, horário previsto para a reunião.

O CNG aponta que as manifestações desta segunda (28) devem denunciar a falta de compromisso do governo com a negociação e o desrespeito com os docentes em greve. A expectativa é intensificar ainda mais a greve e ampliar as ações de mobilização.

Até o momento, 44 instituições federais de ensino estão com as atividades suspensas (veja quais). Este número irá subir para 48 na segunda-feira, com a adesão das Universidades Federais de Santa Maria (UFSM), Tocantins (UFT), Grande Dourados (UFGD) e do Campus Jataí da Federal de Goiás (UFG).




Fonte: ANDES-SN

Sobre a postura irresponsável da Open English

Abaixo a resposta – excelente – de Vinícius Nobre, presidente do BRAZ-TESOL – Associação Brasileira de Professores de Inglês como Segunda Língua.
www.braztesol.org.brComo presidente da maior Associação de professores de inglês do Brasil, eu sinto a incontrolável necessidade de me posicionar e expressar meu desapontamento e choque em relação ao comercial que está sendo veiculado em rede nacional promovendo um curso de inglês online.
Eu NÃO sou um falante nativo da língua inglesa, eu não tenho longos cabelos loiros, não moro na California e não visto uma camiseta justa para ensinar meus alunos. Na verdade, eu NUNCA tive um professor de inglês “nativo”. Eu nunca sequer morei em um país falante da língua inglesa. Eu simplesmente estudei inglês no meu país em desenvolvimento e depois cursei quatro anos de linguística, literatura, aquisição de idiomas estrangeiros, morfologia, pronúncia, sintaxe, educação, pedagogia, métodos e abordagens. Eu simplesmente dediquei 16 anos da minha vida ao desenvolvimento pessoal e profissional dos meus milhares de alunos. Nunca exibi meu passaporte ou minha cidade-natal, porque eu estava ocupado demais me preocupando com as necessidades comunicativa e afetivas dos meus alunos. Eu NÃO sou um falante nativo de inglês; portanto – de acordo com esse comercial – não me qualifico para ensinar. Provavelmente me qualifico apenas para ser uma imitação grotesca e irresponsável de um professor.
Assim como eu, milhares de educadores esforçados, talentosos, comprometidos, apaixonados e desvalorizados (do Brasil ou de qualquer outro país não falante de inglês) são definidos em 30 segundos de uma desesperada e inaceitável tentativa de seduzir alunos. Eu conheci professores fantásticos, independente de suas nacionalidades e muitos que inclusive eram “falantes nativos de inglês”. Os melhores educadores, no entanto, sempre tiveram a dignidade de reconhecer e respeitar as qualidades de um colega “não-nativo”.
O ensino de línguas estrangeiras desenvolveu-se tremendamente para garantir a justiça e o respeito que todos os profissionais sérios da área merecem (nativos ou não). Pelo menos entre nós mesmos. Se alunos ainda insistem em dizer que um professor “nativo” é melhor, pelo menos temos o conforto de saber que dentro da nossa profissão encontramos o reconhecimento que profissionais comprometidos e qualificados precisam ter. É triste, no entanto, ser ridicularizado por um centro (que alega ser) de ensino.
Como presidente do BRAZ-TESOL, como um falante “não-nativo” do inglês, como um admirador de profissionais do ensino, independente da sua nacionalidade, eu me ressinto por ser transformado em uma piada tão irresponsável. Mas quem sou eu para ousar falar qualquer coisa sobre o ensino de inglês. Não sou a Jenny da California – o maior exemplo de educadora de inglês como língua estrangeira.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Uma Greve Desnecessária.

Por Maurício Caleiro

A greve dos professores das universidades e institutos federais é, antes de mais nada, desnecessária.

Afirmo isso não no sentido de acusar os grevistas por um gesto que seria leviano ou irresponsável – pelo contrário: o ônus por essa paralisação deve ser atribuído tão-somente ao misto de descaso, arrogância e teimosia com que o governo Dilma Rousseff vem tratando os docentes federais e suas demandas.

Bastaria um pouco mais de boa vontade por parte do governo, ao invés de seguidamente “enrolar” os representantes dos professores, adiar a tomada de decisões e, no que já parece ser um traço distintivo do “estilo Dilma”, tensionar ao máximo a questão e, ao mesmo tempo, recusar-se a agir sob pressão, e a greve – que neste momento se amplia e que acabará por penalizar professores, funcionários e, sobretudo, alunos - teria sido facilmente evitada.
Protelação e má vontade

O governo firmara, em 2011, um acordo com o sindicato da categoria se comprometendo a instaurar o Plano de Carreira da categoria até março de 2012. Agora, em final de maio, o MEC anuncia que a medida ficou para 2013.

De modo similar, no ano passado o governo concordara, após tensas negociações, em conceder um aumento de míseros 4% aos docentes a partir de março de 2012. Foram necessários, porém, seguidos dias de paralisação em protesto e a ameaça concreta de greve no início deste mês para que uma Medida Provisória fosse assinada, finalmente tornando efetivo (e retroativo) o aumento anteriormente acordado. Pergunto: por que humilhar assim uma categoria, se o aumento já fora acertado?

Os exemplos dos parágrafos acima fornecem uma boa medida dos termos em que se dão as relações do governo com os docentes, cujas demandas são invariavelmente proteladas: a má vontade evidente e os prazos sempre vencidos demonstram de forma cabal que a Educação só é prioridade para o governo Dilma nas propagandas eleitorais. Na prática, a teoria é outra: foi preciso que a greve estourasse para que o MEC viesse a público procurando justificar os atrasos e afirmando manter os canais de comunicação abertos (o que é, sem dúvida, positivo, sobretudo se comparado às práticas do governo FHC - mas vale assinalar que continuar a tomar FHC como parâmetro é perpetuar o inaceitável).

Salário defasado

Além desses problemas, persiste sem encaminhamento uma das principais demandas dos professores – que o que recebem a título de gratificação (uma malandragem contábil dos governos anteriores ao de Lula) seja incorporado ao salário, como ocorre com a vasta maioria dos assalariados do país.

Aliás, a questão salarial, que havia recebido atenção do ex-presidente petista até o início de seu segundo governo, volta a se mostrar em um patamar periclitante. O vencimento médio de um professor adjunto com contrato para 40 horas semanais, mesmo contando com as tais gratificações, é de cerca de um terço do que percebem juízes, promotores e membros dos legislativos municipais, estaduais e federal – sendo que todos, via de regra, com uma formação bem mais curta e menos especializada do que a de um professor-doutor, o qual, recebendo, na melhor das hipóteses, uma ajuda de custa simbólica, passa quase uma década lendo, pesquisando, se adestrando intelectualmente e sendo periodicamente avaliado por seus pares ou orientadores até que esteja pronto para se tornar mestre e, depois, se doutorar.

O professor Pierre Lucena (UFPE) dimensiona o grau de defasagem salarial: "Só para terem uma ideia da distorção, em 2003 um pesquisador com doutorado do Ipea ganhava R$ 300,00 a menos que um professor com doutorado na Universidade. Hoje ele ganha R$ 5 mil a mais que a gente. O mesmo acontece com o MCT [Ministério da Ciência e Tecnologia]".

Situação de penúria
Para além da questão salarial, há demandas urgentes e denúncias preocupantes. Na nota oficial que divulgou à sociedade, o Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior (ANDES) denuncia um quadro bem diferente daquele pintado pelo marketing oficial, relatando “instituições sem professores, sem laboratórios, sem salas de aulas, sem refeitórios ou restaurantes universitários, até sem bebedouros e papel higiênico, afetando diretamente a qualidade de ensino”.

Tais carências afetam, sobretudo, as novas universidades criadas durante o governo Lula. E vêm se somar a um problema que venho reiteradamente denunciando aqui: a contratação dos chamados “professores temporários” para dar aula em tais campi.

Qualidade da inclusão
Com um contrato de trabalho ainda pior do que o de professor substituto – e inaceitável numa democracia avançada - essas vagas mal remuneradas, sem benefícios, estabilidade ou período pré-determinado de vigência, naturalmente pouco atraem candidatos com titulação de mestre ou doutor – ausência de titulação que, por si, é um impedimento ao desenvolvimento de pesquisas, já que as agências de fomento que as financiam têm um padrão mínimo de exigência quanto a isso.

A prorrogação indefinida dessa situação – que já vem se arrastando por alguns anos – pode gerar efeitos altamente indesejáveis, seja no nível de formação dos estudantes, na quantidade e qualidade da pesquisa pelas novas universidades desenvolvidas ou na consolidação de uma distinção axiológica entre dois grupos muito díspares entre si de universidades federais.

A principal questão que se coloca é: a inclusão de novos estratos sociais na universidade é para valer – ou seja, oferecendo a todos um ensino do melhor nível possível – ou, a despeito dos esforços democratizantes, ela acabará por servir à repetição, no interior da universidade, da brutal assimetria social que se verifica na sociedade brasileira? A resposta a essa pergunta é crucial para o futuro do Brasil em termos de educação e trabalho.

Mídia e militância
É importante, aqui, abrir parênteses para um comentário sobre a postura da mídia ante os problemas da educação em âmbito federal: embora não costume perder uma oportunidade de atacar o governo chefiado por Dilma, mantém o mais completo silêncio quanto à questão. Explica-se: a demanda por melhores salários, condições de trabalho e adoção de um Plano de Carreira que estabilizaria, a longo prazo, a profissão docente contraria frontalmente a orientação neoliberal para a estruturação do ensino superior, que recomenda sua privatização e instrumentalização como apêndice dos setores empresariais e industriais privados.

A novidade é a repetição de uma estratégia de avestruz também por parte de setores governistas na blogosfera e nas redes sociais, como forma de mitigar ou mesmo esconder a gravidade do estado de coisas no ensino federal privado. Não deixa de haver alguma ironia sinistra no fato de que vários dos que se autoproclamam inimigos figadais da mídia corporativa adotem a mesma estratégia do silêncio por esta empregada, quando, para eles, o que está em jogo é a paixão político-partidária e não a luta por uma sociedade mais justa.

Longo caminho

Há um longuíssimo caminho a ser percorrido pela administração Dilma para consubstanciar em realidade a promessa – reiterada durante a campanha eleitoral e reforçada no discurso de posse – de que a Educação seria uma prioridade em seu governo. Pelo que estamos vendo até agora, nesses 17 meses, estamos bem longe disso.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Professores têm piores salários entre profissionais de nível superior no Brasil, diz IBGE

Charge: pagina50.blogspot.com

Apesar de o salário dos professores da educação básica no Brasil ter registrado, na década passada, ganhos acima da média dos profissionais com nível superior, o magistério continua a ser a carreira de pior remuneração no país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média de um docente do ensino fundamental equivalia, em 2000, a 49% do que ganhavam os demais trabalhadores também com nível superior. Dez anos depois, a relação aumentou para 59%. Entre professores do ensino médio, a variação foi de 60% para 72%. O censo revela que os cursos de graduação que levam ao magistério, como pedagogia, apresentam as piores promessas de remuneração. Em seguida, aparecem cursos da área de religião e licenciaturas em áreas disciplinares do ensino médio, como Língua Portuguesa, Matemática e Biologia. “O problema é que os bons alunos não querem ser professores no Brasil. Para atrair os melhores, é preciso ter salários mais atrativos”, defende Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, afirma que a carreira de professor atrai estudantes que não possuem desempenho suficiente para ingressar em outros cursos. “Sem salário, não há a menor possibilidade de qualidade. Agora, claro que é preciso mais do que isso: carreira, formação e gestão”, ponderou. Informações do jornal O Globo.

Chega a 43 o número de universidades federais em greve no Brasil

Enquanto o governo Dilma diz que o Brasil está preparado para a crise mundial, 43 universidades federais no Brasil se encontram em greve. Muito diferente da propaganda do REUNI que está sendo diariamente vinculada na TV e na mídia geral. O BRASIL DA COPA E DA OLIMPÍADA NÃO É O BRASIL DE VERDADE.
Segue abaixo a lista das universidades brasileiras em greve:

1. Universidade Federal do Amazonas
2. Universidade Federal de Roraima
3. Universidade Federal Rural do Amazonas
4. Universidade Federal do Pará.
5. Universidade Federal do Oeste do Pará
6. Universidade Federal do Amapá
7. Universidade Federal do Maranhão
8. Universidade Federal do Piauí
9. Universidade Federal do Semi-Árido (Mossoró)
10. Universidade Federal da Paraíba
11. Universidade Federal de Campina Grande
12. Universidade Federal Rural de Pernambuco
13. Universidade Federal de Alagoas
14. Universidade Federal de Sergipe
15. Universidade Federal do Triângulo Mineiro
16. Universidade Federal de Uberlândia
17. Universidade Federal de Viçosa
18. Universidade Federal de Lavras
19. Universidade Federal de Ouro Preto
20. Universidade Federal de São João Del Rey
21. Universidade Federal do Espírito Santo
22. Universidade Federal do Paraná
23. Universidade Federal do Rio Grande
24. Universidade Federal do Mato Grosso
25. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
26. Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha Mucuri
27. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
28. Instituto Federal do Piauí
29. Centro Federal de Educação Tecnológica de MG
30. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
31. Universidade do Vale do São Francisco (Juazeiro)
32. Universidade Federal de Goiás (Catalão)
33. Universidade Federal de Pernambuco
34. Universidade Federal do Acre
35. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
36. Universidade Federal do Rondônia
37. Universidade de Brasília
38. Universidade Federal de Juiz de Fora
39. Universidade Federal do Pampa
40. Universidade Federal Fluminense
41. Universidade Federal de Alfenas
42. Universidade Federal de São Paulo
43. Universidade Federal do Rio de Janeiro

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Reunião dos professores (comando de greve).


Na tarde desta segunda feira, os professores do campus de Marabá se reuniram para fazer um acompanhamento do movimento da greve nacional dos docentes das universidades federais.
O papel do Comando de Greve é manter a comunidade universitária informada sobre os desdobramentos da Greve e articular as categorias (docentes, técnicos e discentes) para a construção de uma pauta de reivindicações local.
 Professores reunidos
Na ocasião foram dados informes e os encaminhamentos para as atividades durante a greve.
Ficou marcada uma assembléia dos docentes para esta terça-feira as 17:00h no auditório do campus I em Marabá.

domingo, 20 de maio de 2012

Boletim de Greve.

Olá a todos da comunidade acadêmica da UFpa! Estarei aqui neste blog divulgando toda semana o andamento do movimento de greve das Universidades no Brasil e em particular do campus de Marabá da Ufpa. Abaixo o Boletim de Greve dos dias 17 e 18/05.
 Panfletagem em frente ao campus I em Marabá.
O primeiro dia de greve das IFES a nível nacional demonstrou a força desse movimento, segundo último informe do ANDES cerca de 33 universidades já estão paradas e com fortes assembléias pela base, outras grandes universidades como UNB e UFF estão com indicativo de paralisarem no próximo dia 22 (vê informe mais detalhado do quadro nacional nos dois anexos).
Em Marabá também começamos uma greve com grande adesão dos docentes  e muitos apoios ao movimento.  Ontem (17/05) realizamos um grande ato público em frente ao campus I da UFPA, com participação tanto do corpo docente e discente, como também de outros sindicatos que vieram manifestar apoio a nossa greve.  O ato finalizou-se com a posse da nova diretoria do sindicato.

Ainda no dia 17, o comando local de greve realizou uma reunião com os professores substitutos que em sua ampla maioria estão solidários com o  movimento e confirmaram a suspensão de suas atividades docente durante a greve. Hoje (18/05) realizamos nova reunião desse comando (presentes: professores(as): Simone, Célia, Valéria, Clarissa, Jairo, Wanderley, Rigler e Francisco Macedo), para apreciar as questões que nos estão chegando sobre o funcionamento de algumas atividades nesse período. Nesse sentido gostaríamos de socializar com a comunidade docente novos caso considerados excepcionais, logo justos de continuarem funcionando mesmo durante a greve. São eles:
1.       Onde na circular de greve nº 1 estava suspensa as atividades de extensão de conjunto, resolvemos abrir a exceção para extensões que estejam vinculadas a prestação de serviços a comunidade, como por exemplo: atendimento jurídico, cursinho de informática, e outros que estejam nessa situação.
2.       Sobre a questão dos estágios, discutimos que estes ao estarem vinculados diretamente a atividades de ensino (atividade curricular) deveriam ser suspensos. Exceção aqueles relacionados a processos de atividades ligadas a sazonalidade, cuja não realização no determinado tempo implicaria em prejuízo irreversível, como por exemplo no caso de cultivos.
A próxima semana é decisiva para consolidação da greve, não podemos afrouxar demais nossos critérios de funcionamento interno, pois corremos o risco de progressivamente enfraquecermos movimento, num momento em que cada vez mais precisamos mostrar ao governo nossa força.  Nesse sentido, qualquer funcionamento de aula corrobora para o enfraquecimento dessa luta.  Além de que, a partir do início da greve, estará parado o calendário acadêmico, sendo conferido os dias parados para o retorno pó-greve, de formas que qualquer aula nesse período estaria invalidada.
Segunda-feira dia 21/05 estaremos realizando um novo ato no portão do campus I a partir das 8 horas intitulado “piquetão de greve, aqui ninguém dá aula!” participem. À tarde as 16 horas será realizada reunião do comando na sala dos professores de C.Sociais (antigo D.A.)
Na terça-feira dia 22/05 terá reunião da comissão para implantação do Instituto de Ciências da Saúde da UNIFESSPA às 14 horas no campus II.
 Prof. Wanderley com a imprensa.
Qualquer atividade de greve que estão sendo programadas pelas faculdades poderiam também nos ser enviadas para socialização com toda a comunidade através desse boletim. Nosso email para contato é sindufpamaraba@yahoo.com.br. Não estamos conseguindo enviar as mensagens ao marabá professores através desse email, por isso ainda estamos usando email pessoal, mas recebemos as mensagens normalmente pelo do sindufpamaraba.

VIVA A GREVE DOS DOCENTES DAS IFES.
Todos juntos pelo nosso reajuste e carreira
Na luta em defesa de uma universidade pública, gratuita e de qualidade

domingo, 6 de maio de 2012

SINDUFPA- Sindicato dos professores da Ufpa Marabá


Agora o CAMAR já conta com uma representação sindical docente, o SINDUFPA. O sindicato conta com uma diretoria provisória mas já está agendando as eleições para uma direção efetiva.
O SINDUFPA conta com mais de 60 professores asssociados e tem se mobilizado na luta pela melhoria das condições de trabalho dessa categoria.
Contamos com a participação cada vez maior dos colegas de trabalho e de toda a comunidade acadêmica. Abaixo o link para o nosso sítio:
http://sindufpamab.webnode.com/