sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A influência de nossas crenças no ensino e na aprendizagem.

Professor: Jairo Souza.

Antes mesmo de decidirmos aprender uma língua estrangeira, já teremos construído uma idéia geral do que seja aprender um idioma, ora influenciado pela nossa experiência em aulas de língua materna, ou simplesmente pelo conhecimento prévio que todos nós acumulamos com as nossas experiências de vida. A questão é o quanto desse conhecimento funciona como um dado que nos esclarece e nos ajuda a entender melhor a linguagem, ou que nos embrutece dificultando com o passar do tempo qualquer discussão ou autocrítica.
A necessidade de repensarmos o que entendemos como língua é urgente, pois tanto professores quanto alunos ainda carregam consigo muitas idéias equivocadas sobre língua; o que dificulta e muito o sucesso de qualquer prática de ensino.
Abaixo: uma lista com algumas das crenças que dificultam o processo de ensino-aprendizagem, vale ressaltar que elas são partilhadas em muitos casos tanto por alunos quanto por alguns professores.

1. Eu não sei nem Português quanto mais Inglês.
2. O professor é o principal responsável pelo meu aprendizado, se eu não aprendo a culpa não é minha(deve ser dele ou da escola).
3. O Inglês que se aprende “lá fora” é melhor do que o Inglês daqui.
4. É preciso cercar se de fontes por todos os lados: escutar música, ler livros, comprar uma boa gramática, um bom dicionário... Se virem!
5. Não aprendo porque a minha gramática é muito fraca!
6. Só se aprende dominando a gramática.
7. Eu não tenho tempo pro Inglês é por isso que eu não aprendo.
8. O professor só fala Inglês então eu prefiro ficar só ouvindo.
9. Tenho medo de falar e os outros começarem a rir.
10. Não consigo pensar em Inglês.
11. Eu entendo, mas não sei falar, acho que me falta vocabulário.
12. O professor fala tão rápido que dá até medo de falar com ele.
13. Piada em Inglês não tem graça.
14. O problema é que tudo eles querem traduzir.

As implicações dessas idéias podem desmotivar por completo tanto professores quanto alunos e a melhor alternativa é que todos se conscientizem da necessidade de uma qualificação profissional mais esclarecida e crítica acerca do ensino de língua. Como conseqüência também um maior respeito e valorização pelo profissional de educação que deve ser visto também como um pesquisador e não uma pessoa que simplesmente “dá aulas”.
Mais informações leia: Almeida Filho, José Carlos (Org); O Professor de Língua Estrangeira em Formação /
Ed. Pontes – Campinas - São Paulo, 2005.

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