Toda a discussão gerada em torno do livro lançado pelo MEC para os alunos do EJA, só demonstra o quanto a ignorância impera por todos os lados. O nível em que a discussão se estabeleceu, já demonstra o grau desta verdadeira tempestade em copo dágua. Quem levantou essa discussão obviamente tem uma visão muito estreita, ignorante e simplista da língua e seus fenômenos. Há alguns pontos que devem ser levados em consideração.
1. Ninguém ensina ninguém a falar errado, até porque ninguém fala errado.
2. A norma culta ou padrão sempre existirá e vai continuar a ser estudada até porque o livro lançado pelo MEC não se posiciona contra ou a favor. Esta não é a questão, mas sim uma estratégia didática para uma reflexão sobre os falares e não sobre a escrita.
3. A lingua oral e a lingua escrita se distinguem nos mais variados aspectos e o uso do livro propõe uma reflexão sobre o uso mais claro e adequado dessas distinções.
Acesse o link para ler a notícia "desesperadora" que fala do apocalipse linguístico.
http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2011/05/12/livro-usado-pelo-mec-ensina-aluno-a-falar-errado/
A linguagem escrita tem suas características e a oral tem as suas. Cada uma delas tem suas próprias adequações e regras que se estabelecem com o seu uso e regulações proprias. A modalidade oral, as regras e regulações da linguagem escrita são campos distintos de uso da linguagem humana e o livro de co-autoria da professora Heloísa Ramos tenta trazer esta discussão à tona.
A coisa mais fácil e simples que existe é discutir a lingua no âmbito do certo e do errado. Quem discute lingua desta forma, precisa rever seus conceitos porque lingua é muito mais do que a dualidade do CERTO OU ERRADO.
Em outras palavras, NÃO EXISTE POLÊMICA. O QUE TEMOS É UM MONTE DE GENTE DESINFORMADA, BATENDO BOCA POR BESTEIRA.
"Não existe uma só lingua portuguesa, mas sim, várias línguas em português"
José Saramago.
Jairo, conceitos complexos para políticos que podem ter qualquer formação ou nenhuma e para profissionais da mídia que só que o circo pegue fogo.
ResponderExcluirA educação, o livro, a polêmica são só pretexto sempre! Uma pena!